Linkedin para negócios funciona?

 Por favor leia até o final para entender corretamente a mensagem deste artigo. Você vai entender no final porque coloquei no início deste artigo a frase inicial.

Não é tema para debate, apenas para reflexão.

Vamos lá, você deve saber, conhecer ou não sobre marketing digital (lembrando que marketing digital nada mais é do que o bom e velho marketing aplicado ao digital). Da mesma forma sabe ou intui ou ainda desconhece (aqueles que não trabalham com marketing) que redes sociais seja qual for seguem um padrão que oferece um modelo eficiente e em muitos casos eficaz de retorno sobre as postagens.

O modelo é simples, cada mensagem deve ser direcionada a seu público alvo (esqueça a besteira de persona, é público alvo e ponto).

O Linkedin teoricamente seria o canal adequado para muito do que se produz ou se pensa sobre negócios, independente do segmento. Então...

Isto significa que sua mensagem deve pretender atingir o público correto, exemplo: se quer falar sobre sustentabilidade, deve direcionar sua mensagem para seus seguidores/conexões que trabalhem ou atuem de alguma forma com sustentabilidade.

Um exemplo prático, tenho (tinha - explico adiante) cerca de 10 mil conexões que trabalham ou prestam consultoria para empresas que tem foco direto ou indireto com sustentabilidade (verdade que muitas estão apenas no plano do discurso).

Fiz um post onde lançava 2 ebooks escritos por mim sobre o tema baseados em minha experiência em ter criado o CO2Global (primeiro gerenciador de créditos de carbono mobile do mundo): Gerenciamento de Créditos de Carbono e Gerenciamento de Resíduos, coloquei o link direto para o site da 36Linhas.

Resumindo: mensagem adequada a público alvo adequado.

Resultado 3 acessos.

Se minhas mensagens segmentadas adequadamente para públicos alvos adequados não surtem efeito, deduzo quatro coisas:

1) não gostam de ler;

2) não querem se aperfeiçoar;

3) não tem qualquer curiosidade sobre um tema que a rigor é de seu interesse primordial;

4) Linkedin não funciona.

Evidentemente que ao longo dos meses seguintes passei a excluir tais conexões, afinal se o que tenho a dizer não é minimamente interessante para minhas conexões elas não são relevantes para mim.

Fiz outras experiências nos mesmos moldes, com gerenciamento, e até com livros infantis (afinal de 30 mil conexões, muitos são pais, mães, tios, tias, e até avós) e geraram um resultado idêntico, evidentemente aos poucos estão sendo excluídos.

Mas recentemente me deparei com algo difícil de entender, quando a questão é comportamento, mas antes de relatar (sem mencionar nomes) é preciso contextualizar.

Linkedin é uma rede social voltada para profissionais e negócios. Se vocẽ está nesta rede tem de ter pelo menos três objetivos:

1) construir networking;

2) desenvolver parcerias ou negócios; 

3) promover produtos e serviços.

Existem dois outros objetivos; buscar recolocação e fazer autopromoção.

Eu e a 36Linhas estamos aqui pelos três primeiros objetivos, e no caso do segundo ponto, um objetivo primordial.

Já que contextualizei vamos ao caso. Cerca de 9 mil conexões são de pessoas que trabalham com educação e muitos de vocês sabem que a cerca de 1 ano criei uma edtech (educar36) ela foi encerrada por vários motivos e um deles porque ninguém destas 9 mil pessoas (CEOs, diretores, gerentes etc) não tiveram interesse em parcerias.

Ocorre que dentro da edtech havia e há um site gratuito voltado para o estudante o WebLousa criado por mim em 1997 e relançado atualizado quando da criação da Educar36.

Ele foi migrado para o site da 36linhas https://www.36linhas.com/weblousa/ o que fiz então foi selecionar 110 conexões (somente CEOs, diretores e uns poucos gerentes) de empresas de educação, enviei uma proposta de oferta do WebLousa, com a venda das ferramentas e recursos criados por mim, com transferência de propriedade intelectual.

Qual não foi minha surpresa de que apenas 13 responderam de alguma forma a mensagem, o pior é que o restante não teve a educação (pois é) de responderem não temos interesse ou algo do tipo. Fui solenemente ignorado. 

Eu respondo a todas as mensagens que me enviam, sempre, nem que seja com um joinha, mas respondo. Espero o mesmo dos outros.

Passados quase dois meses comecei a excluir todos os que me ignoraram. E mais curioso ainda alguns me pediram para viltar, sem qualquer pedido de desculpas por terem sido deselegantes. Claro que não voltarão.

Um CEO que eu ia excluir por ter me ignorado, havia me excluído, ou seja ele está na rede errada, alguém precisa dizer a este pobre coitado que Linkedin é para negócios, se ele quiser se promover tem Instagram ou TikTok, se ele souber fazer dançinhas.

Ninguém é obrigado a nada numa rede social, na verdade existe uma obrigação, a de ser educado. 

No caso do Linkedin minha surpresa com os resultados nestes últimos cinco anos me dão a entender que se por um lado mensagem alinhadas com o público alvo supreendentemente não dão resultado, por outro me mostram que a maioria detesta ler.

Pesquisas demonstram o desinteresse do brasileiro pela leitura, mas me surpreende muito que profissionais não tenham interesse em ler, pelo menos livros que estejam alinhados com seu trabalho.

Minhas conexões tem de ser educadas, amantes da leitura e fundamentalmente focadas como eu em construir parcerias e desenvolver negócios.

Vou substituido conexões gradualmente por pessoas que entendem a leitura como essencial e não como parte de um discurso difícil de comprar, o de que leêm dezenas de livros por ano. Sabemos que não.

Para aqueles que gostam de ler ou ouvir (audiobooks) recomendo www.36linhas.com (almanaques, guias, romances, infantis, quadrinhos, didáticos, técnicos, graphic novels, religiosos, atividades, autoajuda e muito mais! - certamente tem um ebook lá que irá interessar você).

Já o Linkedin se provou até agora pelo menos, um triste e inútil canal.

Não é um desabafo como poderá parecer a alguns, mas constatações baseadas em cases que não funcionaram mesmo que o alinhamento estivesse correto.

Fica a pergunta para reflexão, Linkedin para negócios funciona?